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a importância da dor

A importância da dor nas nossas limitações físicas

Falta pouco, falta muito pouco mas não temos controlo sobre o tempo que falta.

Sentimos os músculos queimarem, sentimos que passámos a fronteira onde a nossa mente e os músculos tem capacidade de resposta mas continuamos incentivados pelos gritos do treinador que não nos deixa desistir.

A dor está lá mas confunde-se com uma sensação de prazer de conseguirmos ultrapassar os nossos limties e o desespero de não querer falhar, apesar de não sabermos quanto tempo ainda falta.

O tempo, esse amigo inseparável da dor.

Seja a fazer luvas, a puxar ferro ou repetir técnica até exaustão, ninguém duvida da importância da dor no crescimento das nossas capacidades desportivas.

Este desejo de crescer, de ultrapassar os nossos limites faz com que a dor seja bem vinda. Aceitamos a dor das últimas repetições com um sorriso.

Sabemos que estamos a crescer que essa dor é a nossa melhor amiga.

Desta forma a dor torna-se bem vinda, a justa recompensa do nosso esforço.

A importância da dor já não se relaciona somente com uma conquista física pois ela molda o nosso pensamento.

a importância da dor

Esta relação dualista com a dor tem duas implicações gigantes para a nossa saúde

Em primeiro lugar molda a nossa mente para lidar com a dor de uma forma mais tolerável.

Assim quando estamos doentes e precisamos de um tratamento mais doloroso (como a acupuntura para tratar pontos gatilho) temos mais tolerância para aceitar essa mesma dor.

A nossa mente está moldada para aguentar a dor necessária para atingir os nossos objetivos.

Em segundo lugar, o hábito constante da dor no corpo prepara-o para combater a mesma através de uma libertação mais eficaz de endorfinas resultando num aumento da tolerância da dor.

Qualquer terapeuta que lide com lesões de ligamento ou que afetem o tendão sabem que atletas aguentam melhor a dor que pacientes com estilos de vida sedentários e fraqueza muscular.

O treino e a dor a que habituamos o corpo torna-nos mais fortes bio-química e psicologicamente.

Essa força vai ter repercussões futuras benéficas na forma como toleramos determinado tratamento ou na capacidade de regeneração do próprio corpo.

Obviamente que o exercício promove uma série de alterações fisiológicas que são importantes para a reabilitação de um paciente mas a presença de dor é essencial para se conseguir tudo isso.

mitos da acupuntura

Tendinite do supra-espinhoso e a importância da dor

Reabilitar uma tendinite do supra-espinhoso numa paciente com fraqueza muscular e historial clinico sedentário não tem nada a ver com a reabilitação de um atleta com historial clinico de fortalecimento muscular e atividades físicas variadas.

Muitas vezes o tratamento inicial no tratamento do ombro é doloroso e precisa de ser doloroso.

A tolerância psicológica para suportar a dor dita que, numa fase inicial, atletas conseguem usufruir de tratamentos mais eficazes do que muitos pacientes com pouca tolerância para a dor.

A resposta fisiológica do organismo seja aos estímulos da acupuntura elétrica ou ao treino excêntrico é completamente diferente.

O corpo tolera mais dor, logo permite mais estímulos e mais exercícios.

A relação que a nossa mente e corpo estabelecem com a dor ao longo da vida vai condicionar a relação que estabelecem com a doença ou os variados sintomas que surgem ao longo da vida.

Mais dor, neste caso, implica mais saúde. Daí a importância da dor.

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