Lombalgia e dor ciática

TABELA DE CONTEÚDOS

A lombalgia ou dor lombar refere-se à presença de dor no fundo das costas enquanto a dor ciática ou ciatalgia refere-se a dor que tende a irradiar pela face posterior da coxa.

A dor lombar é uma queixa muito frequente nas sociedades mais desenvolvidas:

1 – de acordo com a OMS, esta maleita vai afetar pelo menos 80% da população adulta pelo menos 1 vez na vida.

2 – a lombalgia aguda é a principal causa de absentismo laboral nos países desenvolvidos.

Estes factos devem-se a vários fatores:

1 – região do corpo composta por vértebras muito fortes que tem de suportar muito peso;

2 – más posturas e movimentos incorretos;

3 – falta de fortalecimento muscular e exercícios mal direccionados.

exercício físico osteopatia acupuntura na dor

Características e causas da lombalgia e da dor ciática

A lombalgia é caracterizada por:

1 – dor lombar centralizada ou lateralizada;

2 – dor tipo moinha, aguda ou “mordida de cão” ou acompanhada de sensação de peso;

3 – muito sensível a determinadas posturas ou movimentos dos membros inferiores;

4 – a dor pode irradiar pela face posterior da coxa indicando a existência de dor ciática.

5 – sensação de bloqueio dos membros ou perda de força.

A dor lombar pode ser aguda ou crónica.

Na dor lombar aguda existe o aparecimento súbito da queixa associado a algum tipo de esforço, sendo muito comum em pacientes novos.

A lombalgia crónica é mais comum em pacientes idosos e costuma estar associada a processos degenerativos.

Com a compressão do nervo ciático surge a dor ciática ou ciatalgia caracterizada por:

1 – dormência ou dor no membro inferior,

2 – falta de sensibilidade ou formigamentos no membro inferior.

3 – falta de função e atrofia muscular.

Na dor lombar, também é normal os pacientes apresentarem alterações biomecânicas devido a contraturas musculares intensas afetando músculos como Piramidal, Tensor da Fascia Lata ou o Iliopsoas.

Estas alterações biomecânicas são observadas por alterações posturais relevantes:

1 – o paciente pode apresentar o tronco inclinado para a frente;

2 – o paciente pode apresentar o tronco inclinado para os lados;

3 – o paciente pode apresentar rotação da anca com interiorização/posteriorização das espinhas ilíacas anteriores;

4 – o paciente pode apresentar alterações biomecânicas em determinados movimentos como encurtamento unilateral quando faz flexão do tronco.

Traumatismo ou esforço exagerado: provoca inflamação das estruturas locais como ligamentos, cápsulas articulares, etc…

É a causa mais comum de lombalgia.

Desgaste estrutural: desgaste de várias estruturas necessárias ao bom funcionamento biomecânico e neurofisiológico como os discos ou as vértebras.

Compressão estruturas nervosas: associado à dor ciática pode dever-se a hérnias discais que comprimem o nervo ou contraturas musculares como o sindrome do piramidal.

Podem dever-se a idade avançada, movimentos de rotação muito repetitivos, suporte de pesos elevados, más posturas prolongadas e vida sedentária.

depressão stress ansiedade insónia em grávidas

Hérnia discal: capítulos de um drama comum

Um dia sem estar à espera surge uma dor forte.

Esta dor tem inicio na coluna e irradia pelo membro inferior.

Você sente-se incapacitado pela presença da dor sendo que a mesma pode vir acompanhada de alterações do movimento ou formigamento de partes da sua perna.

Primeira ida ao médico

A crise é tão forte que não tem outra hipótese.

Coloca-se no carro e dirige-se às urgências do hospital.

Depois dos primeiros tratamentos à base de injeções de voltaren e relmus são-lhe prescritos exames médicos.

O diagnóstico da hérnia discal

Após as injeções você começa a tomar comprimidos para a dor (voltaren, paracetamol, etc…).

Por vezes os medicamentos são agressivos ao estômago e então é-lhe prescrito omeprazol para proteger o estômago.

Vai fazer radiografias, ressonâncias magnéticas e tomografias computorizadas (CT) e no final o diagnóstico não deixa dúvidas. Você foi diagnosticado com hérnia discal.

Se os tratamentos médicos surtiram efeito você não pensa mais na sua hérnia discal durante uns tempos.

A crise de dor desapareceu e já sabe que tem de tomar cuidado com determinados movimentos ou esforços na coluna. O que também vai esquecer rapidamente!

Se por acaso foi tratado no privado e o país está em tempo de crise provavelmente o seu médico vai fazer pressão para ser operado o mais rapidamente possível.

Tem duas hipóteses: é operado de imediato cada vez que o médico decidir operar ou então decide procurar opiniões de outros colegas médicos.

Se consultar 3 médicos o mais provável é ouvir 3 opiniões diferentes.

Informe-se sobre o seu problema e tome um decisão em boa consciência.

O tratamento continua

Regra geral se respondeu bem às injeções de dor, se não apresenta mais queixa nenhuma e se os exames médicos não indicam a necessidade de uma cirúrgia de urgência o mais provável é ir à sua vida sem se chatear mais durante um tempo.

Caso persista algum sintoma o seu médico ortopedista irá prescrever medicação e uma consulta de fisiatria.

O seu médico fisiatra irá prescrever fisioterapia.

A longo prazo vai precisar de fazer fortalecimento dos músculos das costas de forma a prevenir o aparecimento de crises de dor.

Mas depois dos tratamentos de fisioterapia acabarem você rapidamente esquece a necessidade de fortalecimento muscular.

Outras alternativas para a sua hérnia discal

Após ter recebido tratamentos de injeções, medicamentos e sessões de fisioterapia sem qualquer sucesso começa a desesperar e a pensar em alternativas.

É aqui que entra no mundo do reiki e da acupuntura, da homeopatia e da osteopatia.

O mundo das curas milagrosas em áreas dúbias.

Se escolheu acupuntura ou osteopatia provavelmente vai poupar mais dinheiro e sentir-se mais feliz do que quem escolheu homeopatia ou medicina quântica.

Sim a acupuntura e a osteopatia são as terapêuticas quem obtêm os melhores resultados no tratamento da dor por hérnia discal.

É nesta altura da sua história que provavelmente vai ficar fâ destas áreas e tornar-se uma das muitas pessoas nas redes sociais a dizer… “mas comigo funcionou muito bem”.

Em muitos casos é possível tratar a dor ciática e a lombalgia de forma a eliminar a necessidade de cirurgia.

No entanto é óbvio que alguns casos não vão ser tratados.

Não quero ir à faca

Chega uma altura da história da sua hérnia discal em que após, por pura teimosia da sua hérnia discal, se recusar a responder aos tratamentos médicos, fisioterapêuticos, osteopáticos, e mais qualquer coisa que se lembre pelo caminho, tem de ser operado(a).

Infelizmente alguns pacientes não conseguem evitar a cirurgia.

Existe vida depois da cirurgia

Se a cirurgia correr bem você fica sem dores durante muito tempo. Ou pelo menos fica com dores muito mitigadas.

Se correr mal fica igual ou pior àquilo que estava.

É um novo início da sua história.

Procurar diferentes acupuntores e osteopatas, recorrer a bruxos, queimar pontos de acupuntura nas orelhas, consultar diferentes médicos.

No final ou vai ter uma boa qualidade de vida ou vai fazer de tudo para a conseguir.

dialogar com médicos e evidencia clinica

8 dúvidas comuns dos nossos pacientes

Imensas pessoas apresentam queixas relativas à presença de hernia de disco.

Dormência nos membros, dores irradiantes, limitação de movimentos e diminuição da qualidade de vida são consequências diretas da presença de hérnias discais.

Não raramente os tratamentos convencionais falham no alivio ou cura destas situações o que faz com que muitas pessoas procurem alternativas.

Nas próximas linhas dou atenção a algumas das dúvidas mais comuns dos pacientes.

Acordei com uma crise muito grande e não me consigo mexer. O que devo fazer?

Contacte o SNS e procure ser vista(o) em contexto de urgência hospitalar.

Antes de ser vista por um acupuntor ou osteopata deverá ser observado(a) pela equipa médica.

Caso já esteja a ser acompanhada(o) por algum terapeuta deve indicar sempre ao seu profissional de saúde todos os tratamentos que costuma fazer.

Vale a pena experimentar a acupuntura no alívio dos sintomas da hernia de disco?

Sim, a acupuntura tem sido usada no tratamento da dor derivada da hernia de disco.

Nos estudos científicos a acupuntura mostrou-se eficaz no tratamento de lombalgia e no tratamento de dor no joelho por osteoartrite, por exemplo.

Pelo minha experiência profissional a acupuntura e muito especialmente a acupuntura elétrica tem um sucesso muito bom no tratamento da dor ciática e lombalgia provocada por hérnia de disco.

A acupuntura cura as hérnias de disco?

A acupuntura alivia a dor lombar e ciática mas não cura a hérnia.

Esta terapêutica não deve ser vista como uma cura mas sim como uma medida de alivio da dor e melhoria de qualidade de vida.

Quantas sessões são necessárias para ficar bem?

Não existe um número certo de sessões de acupuntura pois depende de vários fatores como:

1 – intensidade da dor e sintomas acompanhantes;

2 – resposta do paciente aos tratamentos;

3 – idade (pacientes mais velhos tem mais dificuldade em recuperar);

4 – hábitos de vida (pacientes que fazem desporto e tem peso controlado tem menos dor e recuperam mais rápido).

Os tratamentos que preconizam são compatíveis com a medicação ocidental?

Na nossa clinica usamos com frequência uma combinação de técnicas osteopáticas, acupuntura e exercício físico.

Estas abordagens terapêuticas são compatíveis com a medicação ocidental.

Também defendemos o uso e fitoterapia em populações especificas mas esta terapêutica já pode ter efeitos farmacocinéticos com a medicação.

O uso e fitoterapia é mais raro e damos muita atenção aos grupos de risco minimizando qualquer risco que possa existir.

A acupuntura elétrica é indicada para todos os pacientes com hernia de disco?

Infelizmente não.

A estimulação elétrica em pontos de acupuntura não pode ser feita em pacientes com pacemaker, ou em regiões do corpo com próteses metálicas, por exemplo.

Também se deve ter cuidado com pacientes muito idosos e muito fracos; doentes epilépticos e esquizofrénicos.

No entanto, a maioria destes pacientes podem fazer acupuntura sem estímulo elétrico.

Se ficar sem dor tem lógica fazer acupuntura para prevenção da dor?

A resposta a esta questão está dependente de diversos fatores tal como já foi mencionado.

Por exemplo, a idade é um fator a ter em conta.

Pacientes mais novos têm mais tempo espaçado entre crises.

Regra geral eu aconselho sessões de acupuntura para prevenção em pacientes idosos onde a possibilidade de recidiva é grande.

O que é mais importante é iniciar bons programas de reabilitação e exercício físico após o desaparecimento dos episódios ´mágicos mais agudos.

O que devo fazer uma vez que a dor da hernia de disco desapareceu?

O exercício físico é muito importante.

Deve começar a fazer exercícios que permitam evitar o aparecimento de disfunções biomecânicas e neurofisiológicas associadas ao aparecimento da dor.

Em pacientes com excesso de peso é importante seguir programas de dietética que permitam conduzir a um peso mais adequado.

técnicas manuais de osteopatia lombalgia e dor ciática

4 tratamentos para dor ciática e lombalgia: a evidência cientifica

Existem 4 abordagens que são preconizadas pelo nosso gabinete no tratamento de ciatalgia e lombalgia, sendo esses tratamentos:

1 – acupuntura;

2 – osteopatia;

3 – exercícios específicos de reabilitação;

4 – fitoterapia.

No nosso gabinete os 3 primeiros são essenciais e o 4º tratamento muito menos usado.

Importância destas 4 abordagens

O objetivo final dos tratamentos é garantir que o paciente consegue ganhar mobilidade ao mesmo tempo que as queixas álgidas aliviam e que no final é capaz de manter essa mobilidade.

Nesse sentido a associação de técnicas invasivas e manuais para iniciar a transição de uma abordagem passiva para uma intervenção ativa que dê autonomia ao paciente é essencial.

Tanto a acupuntura como a osteopatia conseguem integrar as suas técnicas com melhores resultados.

Por exemplo no tratamento da dor ciática é possível fazer punção no nervo para provocar dessensibilização e consequente diminuição de dor ao mesmo tempo que se associam técnicas neurodinâmicas para restabelecer as funções neuromecânicas.

Diferentes intervenções para o mesmo tecido que fazem a transição e um tratamento passivo para exercícios ativos que o paciente pode fazer para combater e prevenir o aparecimento de dor.

Estas intervenções culminam sempre em exercícios específicos com várias finalidades:

1 – melhorar a capacidade de deslizamento e viscoelasticidade do nervo;

2 – melhorar a capacidade contractilidade e alongamento muscular;

3 – otimizar a mobilidade articular

4 – conseguir ativar cadeias musculares e otimizar o movimento.

Isto significa que a abordagem de marquesa da acupuntura e da osteopatia são sempre abordagens de curto prazo.

O objetivo é diminuir a dor rapidamente e melhorar a qualidade de movimento dos tecidos.

Ocasionalmente também recorremos a fitoterapia no tratamento da dor.

Não é um tratamento muito comum por várias razões:

1 – a maioria dos pacientes já tomam medicamentos para tratar a dor lombar (anti-inflamatórios, analgésicos, relaxastes musculares, etc…) e a combinação desses medicamentos com os nossos tratamentos é bastante boa;

2 – encarecem o tratamento não oferecendo, muitas vezes, um benefício que justifique;

3 – é uma abordagem bioquímica para um problema estrutural o que significa que não deve ser tratamento de primeira linha;

4 – mais usada em lombalgia aguda em paciente novos do que em pacientes idosos com lombalgia crónica. 

Na maioria das vezes estes pacientes já se encontram muito medicados e tem outros problemas de saúde (diabetes, hipertensão, arritmias, etc…).

Nestes casos a fitoterapia aumenta a probabilidade de interações farmacocinéticas em populações mais vulneráveis.

12 tipos de acupuntura

Análise semiológica: diagnóstico diferenciado por cada tratamento

Os diferentes tratamentos implicam diferentes formas de se pensar o diagnóstico.

Isto é relevante para saber que sintomas ou relação de sintomas procurar, qual a melhor técnica terapêutica face aos sintomas ou qual a melhor combinação de terapias.

A acupuntura é muito focada na localização de queixas e como tal a análise dos territórios geográficos nervosos é muito importante.

Dormência na planta do pé implica uma afeção do nervo tibial mas dormência na face lateral do pé já implica envolvimento do nervo sural.

Dor profunda implica um tipo de estimulo de agulha e dormência ou sensação de queimadura implica uma associação mais diversificada de estímulos profundos e superficiais.

A acupuntura é uma abordagem invasiva essencialmente neurofisiológica: 

1 – pode intervir diretamente na dessensibilização nervosa;

2 – promove relaxamento muscular;

3 – tem efeitos anti-inflamatórios.

Mas a sua abordagem é sempre focada na localização dos sintomas e não tanto em análises biomecânicas ou na combinação entre abordagens biomecânicas e neurofisiológicas.

Isto significa que a acupuntura tem mais potencial como ferramenta terapêutica do que como método de diagnóstico.

No entanto estas falhas semiológicas da acupuntura são facilmente colmatadas pelo diagnóstico osteopático.

A osteopatia vai permitir uma compreensão mais exata da biomecânica e neurofisiologia da lombalgia e da dor ciática.

As alterações posturas referidas logo no início do capítulo são a fonte de partida para um conjunto de observações e testes que vão ajudar a diferenciar:

1 – músculos em contratura ou em espasmo,

2 – diferenças de ativação muscular ou de cadeias musculares

3 – associação dos territórios álgicos neurofisiológicos com as alterações posturais, 

4 – compreensão das alterações de movimento para o quadro de dor, etc…

Seja em termos terapêuticos ou semiológicos a acupuntura e a osteopatia complementam-se muito bem.

Por outro lado, a fitoterapia chinesa já vive num mundo à parte pois estuda a natureza da queixa e não tanto a sua relevância postural ou geográfica.

Por natureza da queixa compreende-se dados como:

1 – tipo de dor (facada, moinha, com sensação de peso, etc…);

2 – características da mesma (agrava com frio, melhora com movimento, faz-se acompanhar de sensação de peso, etc…).

pilares da acupuntura na disfunção urinária

Acupuntura

A acupuntura consiste no uso de alguns tipos de agulhas específicos para se obter determinado tipo de respostas neurofisiológicas.

Regra geral estas agulhas podem ter vários tamanhos mas nunca tem lumen.

Pode ser feita estimulação manual ou pode integrar-se com outros tipos de estímulos: 

1 – calor por lâmpada TTD ou moxabustão;

2 – acupuntura elétrica.

A acupuntura é cada vez mais aceite pela comunidade médica internacional no tratamento da dor.

Recentemente as guidelines de NICE decidiram deixar de aconselhar a acupuntura para lombalgia num relatório com falhas muito grandes e rapidamente desacreditado.

Regra geral as meta-análises apontam alguns benefícios da acupuntura mas sempre com muitas ressalvas devido a problemas na construção dos estudos.

Existem vários problemas na investigação em acupuntura bem desenvolvidos neste artigo.

Regra geral a acupuntura obtém resultados muito bons mas depois não consegue diferenciar-se dos grupos de acupuntura placebo.

Estes problemas devem-se a vários fatores:

1 – não existe nenhuma forma de “acupuntura falsa” que seja fisiologicamente inerte;

2 – não existe uma diferenciação válida entre “acupuntura verdadeira” e “acupuntura falsa”;

3 – definições erradas de acupuntura – por exemplo muitos estudos não consideram a punção seca como acupuntura!

4 – os estudos focam-se quase sempre numa versão não otimizada de acupuntura;

5 – virtualmente impossível cegar pacientes e terapeutas.

Face a estes problemas e atendendo aos resultados dos estudos científicos:

1 – que indicam consistentes níveis de redução de dor e melhoria de qualidade de vida;

2 – nível de segurança muito elevados associado à acupuntura;

3 – facilidade de integração com outros tratamentos de saúde;

Consideramos que a acupuntura deve ser considerada uma terapêutica válida no tratamento da lombalgia e da dor ciática.

lombalgia dor lombar dor ciática

Osteopatia

Se a acupuntura é uma intervenção quase essencialmente passiva, a osteopatia começa a fazer a transição entre o tratamentos de marquesa passivo e o tratamento fora da marquesa mais ativo.

A Osteopatia é cada vez mais recomendada no tratamento de dor lombar.

O National Council for Osteopatic Research (NCOR) reuniu uma série de meta-análises demonstrando que a imagem geral do global destas análises sistemáticas é bastante positivo para a osteopatia no tratamento da lombalgia.

Uma meta-análise da American Osteopatic Association publicou uma meta-análise demonstrando os benefícios da osteopatia na dor lombar.

Outra meta-análise de 2014 mostrava benefícios significativos da aplicação de técnicas osteopáticas no tratamento de dor lombar.

A osteopatia engloba uma série de técnicas manuais diferenciadas:

1 – que lhe permitem atuar com segurança e eficácia na dor lombar

2 – permitem adaptar a aplicação ou combinação e técnicas às especificidades de cada paciente como sexo, idade, etc…

Exercício Físico

A abordagem da osteopatia foca-se em 2 aspetos técnicos relevantes:

1 – técnicas passivas de marquesa: técnicas osteopáticas em que o paciente tem um comportamento passivo face à terapêutica que está a ser aplicada como técnicas harmónicas ou de impulso;

2 – técnicas ativas de marquesa: técnicas osteopáticas de marquesa em que o paciente é uma parte ativa do mesmo como as músculo-energéticas.

Estas técnicas associam-se de forma a conseguir atingir alguns objetivos relevantes:

1 – alivio da dor;

2 – ganho de mobilidade.

E é neste ganho de mobilidade que nos interessa introduzir exercícios de reabilitação que permitam manter ou aumentar os ganhos de mobilidade obtidos no tratamento.

Um exemplo simples são as técnicas de mobilidade neural para tratar dor ciática:

1 – uma primeira fase são passivas e visam melhorar as propriedades neuromecânicas do nervo ciático

2 – numa segunda fase são técnicas ativas que o paciente usa para manter esses ganhos.

Desta forma, no nosso gabinete de osteopatia e acupuntura em lisboa dividimos este processo em 2 fases:

1 – exercícios simples que permitam trabalhar os ganhos de mobilidade conseguidos na consulta e permitam reverter as alterações biomecânicas ou neurofisiológicas analisadas;

2 – reencaminhar o paciente para uma equipa de reabilitação mais especializada de forma a dar autonomia ao paciente relativamente às suas queixas futuras.

Essa equipa pode ser composta por fisiologistas de exercício, fisioterapeutas ou osteopatas pois ambas as 3 profissões se misturam muito.

exercício físico para dor ciática e lombalgia

Fitoterapia

O uso de fitoterapia é mais raro na nossa clinica de acupuntura.

Na nossa filosofia de trabalho preferimos usar abordagens terapêuticas estruturais para problemas estruturais.

Por outro lado o uso de fitofármacos implica cuidados extra que não existem nas outras terapêuticas.

No entanto, em alguns casos, o uso de fitoterapia torna-se muito vantajoso, especialmente em pacientes que não estão a responder aos tratamentos com a eficácia desejada.

A prescrição de fitoterapia ou matéria médica chinesa obedece a um diagnóstico próprio da medicina tradicional chinesa.

Existem poucas evidências cientificas e de baixa qualidade que sugerem alguma eficácia da matéria médica chinesa.

Na nossa prática clinica consideramos que, em populações especificas de pacientes, o uso de fitoterapia pode ser benéfico.

futuro da farmacoterapia medicina chinesa

Casos clínicos

Dor na lombar tratada com acupuntura, osteopatia e exercício

Paciente do sexo masculino com 25 anos desenvolveu um padrão de dor na lombar 2 semanas antes ao pegar numa caixa pesada.

Refere que sentiu um “estalo” na zona lombar com aparecimento de pressão local.

A dor na lombar era mais localizada junto ao ílico direito e agravava com inclinação e rotação direita do tronco.

A dor lombar aliviou a seguir ao choque inicial mas manteve-se sempre uma moinha presente.

Para tratar a dor na lombar recorreu-se a técnicas osteopáticas, acupuntura e alguns exercícios simples.

O paciente respondeu positivamente aos tratamentos. Na segunda consulta quase não apresentava dor.

Ao todo fez 3 consultas de acupuntura e osteopatia chinesas e ficou sem dores.

Também foram dados alguns conselhos posturais relevantes para o levantamento de pesos.

Lombalgia e dor na face anterior da coxa

Paciente do sexo feminino com 82 anos foi seguida em ambulatório na clinica de osteopatia e acupuntura em Lisboa devido à presença de lombagia com irradiação para a face anterior da coxa.

A paciente referia dores lombares que agravavam com flexão do tronco.

Na palpação pode observar-se a presença de contraturas musculares significativas nos pretores lombares.

Secundariamente referia dores na face anterior da coxa ao longo do músculo reto femoral.

Para tratar a paciente foram usadas técnicas de osteopatia (harmónicas) e de acupuntura (acupuntura contemporânea).

A paciente respondeu muito bem aos tratamentos referindo alívio das dores desde a primeira sessão de acupuntura e osteopatia.

Ao final de 5 sessões de terapia integrada com acupuntura e osteopatia recebeu alta.

prescrição de fitoterapia medicina chinesa

Acupuntura elétrica no tratamento da lombalgia

Paciente do sexo masculino com 66 anos de idade recorreu às consultas de acupuntura devido à presença de lombalgia.

A lombalgia irradiava pelo membro inferior direito ao longo do nervo ciático e sural (meridiano da bexiga).

O paciente já tinha referido as mesmas queixas há 1 ano sendo com sucesso tratado pelo fisioterapeuta Ernesto Ferreira do Gabinete de Fisioterapia do Desporto.

O tratamento seleccionado para tratar o paciente foi a electropuntura sendo usado o aparelho ES-160.

O paciente respondeu positivamente aos tratamentos de acupuntura sendo necessários um total de 11 tratamentos para o paciente ter alta.

Inicialmente os tratamentos foram feitos semanalmente, depois de duas em duas semanas e finalmente com um intervalo de 1 mês.

Dor na perna esquerda por estase de sangue com calor

Paciente do sexo feminino com 61 anos de idade, recorreu às consultas de acupuntura no Gabinete de Fisioterapia do Desporto devido a dor na perna esquerda que agravava durante a noite e com calor.

Paciente apresenta uma análise semiológica interessante:

1 – Há 1 ano surgiu dor na perna esquerda. Dores intensas durante a noite.

2 – Fez tratamento com fisioterapia no Gabinete de fisioterapia do desporto e tem sentido grandes melhoras na dor na perna esquerda.

3 – Desde que parou acupuntura com Ernesto Ferreira do Gabinete de Fisioterapia do Desporto, que sentiu um aumento da dor na perna esquerda.

4 – Dor na perna esquerda agrava com calor – exposição ao sol, água quente.

5 – Perda de equilíbrio ao andar.

6 – Dor afeta membro inferior esquerdo.

7 – Dor atual na coxa no meridiano da VB (face externa da coxa).

8 – Se pressionam em profundidade quase não dói mas a dor é extrema quando a pressão é feita à superfície.

9 – Palpação leve provoca dor intensa tipo choque.

Em termos de análise semiológica de medicina chinesa a paciente apresentava um tendino-muscular em plenitude por estase de sangue com calor.

1 – Dor à superfície é característica dos tendino-musculares em plenitude;

2 – O agravamento da dor há noite é indicativo da presença de estase de sangue;

3 – o agravamento com exposição ao calor é típico de padrões de calor.

O tratamento selecionado para tratar dor na perna esquerda foi acupuntura com estimulação elétrica sendo os pontos pensados de acordo com a teoria dos meridianos.

A resposta aos tratamentos de acupuntura foi positiva.

A paciente interrompeu os tratamentos de acupuntura por indicação médica devido à aproximação de um conjunto de exames médicos.

 

Lombalgia e falta de força nas pernas tratada com acupuntura

Paciente do sexo feminino, com 72 anos, recorreu às consultas de acupuntura devido à presença de dor lombar (lombalgia) e falta de força nas pernas devido à presença de hérnias discais.

A paciente fez tratamento de fisioterapia no Gabinete de Fisioterapia do Desporto notando grandes melhoras na força das pernas.

A dor também sofreu uma diminuição significativa.

Na altura da consulta a dor afectava principalmente a região glútea e joelho.

A análise semiológica mostrou a existência de 1 padrões clínico (humidade-frio), sendo o tratamento seleccionado a acupuntura.

Ao todo a paciente fez 5 tratamentos referindo uma melhoria significativa das queixas.

Ao final dos 5 tratamentos, por motivos pessoais a paciente parou o tratamento.

Tratamento acupuntura elétrica e fitoterapia na dor lombar por hérnia discal

Paciente sexo masculino, com idade 39 anos, recorreu às consultas de acupuntura com queixas álgicas (dor) desencadeadas por hérnia lombar.

A crise de dor surgira dois meses antes do início das consultas.

O paciente já recorrera a vários tratamentos médicos sem sucesso.

A tomografia computorizada (TC) mostrava um possível compromisso das raízes da L5 (5ª lombar).

A dor da hérnia foi diagnosticada com um padrão de humidade-frio (com prevalência de frio) e possível estase de sangue local.

Os tratamentos seleccionados foram:

1 – acupuntura com estimulação elétrica,

2 – massagem,

3 – aplicação de lâmpada de infra-vermelhos,

4 – matéria médica (fitoterapia).

O paciente apresentou uma resposta positiva ao tratamento de dor lombar por hérnia discal, sendo necessários, no total, 5 tratamentos de acupuntura e fitoterapia.

Os primeiros 4 tratamentos foram semanais e o último teve perto de 1 mês de intervalo.

Neste último tratamento o paciente já não referia qualquer tipo de sintomas.

Tratar dor lombar e sagrada

Paciente do sexo feminino, 69 anos de idade, recorreu às consultas de acupuntura para tratar dor lombar e sagrada persistente com início 1 ano antes.

A dor era intensa e tinha sintomas característicos que permitiram diagnosticar dois padrões clínicos distintos.

O padrão de estase de sangue (dor tipo facada, melhora com movimento) e humidade-frio (agrava com humidade e frio).

A paciente ainda apresentava um historial clínico complicado.

No entanto o tratamento foi unicamente direccionado ao tratamento da dor lombar e sagrada.

A paciente apresentou exames de imagiologia médica, nomeadamente a Ressonância Magnética da Coluna Lombo-Sagrada onde se indicava, entre outras coisas a existência de “Ligeiras alterações degenerativas interapofisárias generalizadas”.

A terapêutica seleccionada foi a acupuntura.

Ao todo a paciente fez 4 consultas sentindo um alívio muito grande da sintomatologia existente.

A dor já não irradiava para a coxa, a paciente tinha ganho maior mobilidade e a dor tinha passado de intensa para moinha.

Por motivos pessoais a paciente interrompeu o tratamento.

Tratar dor ciática ao domicílio

Tratar dor ciática com acupuntura no domicilio era o objetivo desta paciente do sexo feminino, com 89 anos.

A paciente apresentava um quadro complexo de dor ciática agravada a dificuldades de mobilização.

A paciente tinha feito consultas de fisioterapia que aliviaram a dor diminuindo o seu raio de acção.

Devido à gravidade dos sintomas, à idade avançada e ao estado geral de saúde da paciente foram feitas 2 a 3 consultas de acupuntura clinica semanais o que tornou o tratamento de medicina chinesa oneroso para a paciente.

Ao todo foram feitas 18 consultas de acupuntura.

O tratamento seleccionado foram duas modalidades de acupuntura: acupuntura regular e craneopuntura.

Em resultado de problemas de locomoção as consultas de acupuntura foram feitos ao domicilio.

A dor ciática da paciente, na altura de inicio das consultas de acupuntura irradiava até aos joelhos, muito intensa e dificultava o dia a dia (paciente não se conseguia sentar, mover-se sem ajuda, dificultava o sono, não se conseguia virar na cama).

No final dos tratamentos ainda se mantinha uma dor lombar moderada a forte. No entanto as crises de ciática tinham atenuado bastante.

Apesar da dor ciática ainda existente a paciente apresentava grandes melhoras conseguindo ser capaz de dormir a noite toda, virar-se na cama, sentar-se e mover-se com maior liberdade.

A paciente também diminui-o a medicação para controlar a dor ao longo dos tratamentos.

Dor ciática por estase de sangue 

Paciente do sexo feminino com 61 anos de idade recorreu às consultas de acupuntura devido a dor ciática por estase de sangue.

Paciente apresente um historial clínico complicado com 4 cirúrgias à coluna na L5 e tratamentos de fisioterapia sem sucesso.

A dor irradiava pelo ciático (meridiano da bexiga na coxa) e pelos nervos peroneais profundo e superficial (meridianos do estômago e vesícula biliar na perna).

Também apresentava dedos dormentes.

Ao todo o paciente fez 5 tratamentos de acupuntura ao final das quais referiu melhoras significativas.

Após grandes melhorias a paciente parou os tratamentos por motivos pessoais.

Testemunhos de pacientes

“Excelente profissional! Estava com fortes dores devido a uma inflamação no nervo ciático e em poucas sessões tive óptimos resultados.
Recomendo.” Paulo Soares

“Nuno é um profissional excepcional. Estava com dores imensas na lombar que me deixaram dois dias de cama. Fiz sessões de osteopatia e acupuntura elétrica em conjunto com os exercícios que ele indicou para fazer em casa e hoje não sofro mais de dores. Ele tem uma imensa capacidade para avaliar a postura e muita expertise para avaliar o problema e tratá-lo, além de sua simpatia, cordialidade e disponibilidade no atendimento. Só tenho a agradecer!” João Paulo Costa

“Eu já tinha experimentado, no ano de 2006, no Brasil, o tratamento com acupuntura, com sucesso, para tratamento de um problema de pinçamento de nervos na coluna cervical. O problema perdurou por cerca de 12 meses, até que procurei um profissional brasileiro, especializado em acupuntura. Naquela época, em 1 mês de tratamento, consegui sucesso. Mas, dessa vez, em Lisboa, no presente mês de agosto de 2017, o tratamento oferecido pelo Sr Nuno Lemos superou as minhas melhores expectativas. Profissional atencioso, competente e criterioso. Na primeira consulta, diagnosticou com precisão e conseguiu reduzir significativamente a dor e a e contração muscular na linha dos quadris. Pude sair caminhando sem dificuldade (chegue com sérias dificuldades de locomoção ao seu gabinete). Ele também orientou a fazer exercícios específicos, para ganhar mais flexibilidade na região lombar. Na segunda consulta, no intervalo de 3 dias, ele conseguiu eliminar totalmente a dor e possibilitar uma flexibilidade adequada para a região. Com base na minha experiência, recomendo fortemente o profissional.” Roberto Gomes da Rocha

“EXCELENTE. Há 6 anos atrás quando descobri que tinha uma hérnia discal (L4-L5) passei 3 meses a caminhar de 2 em 2 dias para o centro de saude. Levava injecções, melhorava um pouco mas 2 ou 3 dias depois voltava a estar na mesma. Fiz uma visita ao Dr. Nuno Lemos e com apenas 3 sessões de Acupuntura fiquei “curado”. A hérnia continuava a existir mas deixou de ser um incomodo. Nessa altura regressei à pratica desportiva e durante 6 anos nem me lembrei mais da minha hérnia. Há algumas semanas atrás e decorrente da minha prática desportiva “lesionei” novamente a dita hérnia. Durante umas semanas parei a prática desportiva e melhorei lentamente mas nunca fiquei bom e não havia maneira de passar daquele patamar que me limitava totalmente a mobilidade. Voltei a visitar o Dr. Nuno Lemos e em apenas 3 sessões voltou a resolver-me o problema da hérnia discal com um sucesso de 100%!!!! Aproveitou-se essas sessões e ainda me tratou uma micro rotura na perna (biceps da coxa). MUITO OBRIGADO NUNO LEMOS!!!!
Recomendo totalmente!!” Ricardo Oliveira

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